O sonho de ser mãe

Ser mãe é muito mais do que um sonho, pois um sonho pode até não ser realizado ao longo da vida, mas é um objetivo, um projeto de vida, da minha vida.

Sempre, "desde que me entendo por gente" tenho esse projeto e tudo o que faço, minhas realizaçães profissionais, intelectuais e pessoais estão voltadas para esse único e tão maravilhoso "projetozinho". Eu tenho tanto amor armazenado no meu peito que às vezes penso: "vou explodir a qualquer momento!". Sabe o que é ficar embasbacada quando vê uma criança? E seja de que idade for... criança, é criança no melhor e mais angelical sentido da palavra.

Eu me imagino curtindo cada etapa desse maravilhoso e ocupadíssimo universo materno. Todas as mães que conheço dizem: "quando você for mãe, você vai saber: é um amor incondicional, passional às vezes, inconfundível, cúmplice, que te deixa zonza. É um amor absurdamente verdadeiro e puro". Penso que este seja o sentimento mais parecido com o Amor Divino para conosco, simples mortais: puro, infinito, incondicional e leal.

Mas me pego refletindo: "poxa, mas eu vou sentir algo mais forte do que sinto? Como isso é possível se já acho que vou explodir???"

É.....pelo visto isso é possível sim. E eu.... bem... não vejo a hora da minha hora chegar. Aí, eu vou dizer como a mais sábia das criaturas para as futuras mães: quando vocês forem mães, vocês vão saber...


01 ano - Bodas de Algodão
02 anos - Bodas de Papel
03 anos - Bodas de Trigo
04 anos - Bodas de Cera
05 anos - Bodas de Madeira
06 anos - Bodas de Perfume
07 anos - Bodas de Lã
08 anos - Bodas de Cobre
09 anos - Bodas de Cerâmica
10 anos - Bodas de Estanho
11 anos - Bodas de Aço
12 anos - Bodas de Seda
13 anos - Bodas de Linho
14 anos - Bodas de Marfim
15 anos - Bodas de Cristal
16 anos - Bodas de Safira
17 anos - Bodas de Rosa
18 anos - Bodas de Turquesa
19 anos - Bodas de Cretone
20 anos - Bodas de Porcelana
25 anos - Bodas de Prata
30 anos - Bodas de Pérola
35 anos - Bodas de Coral
40 anos - Bodas de Rubi
45 anos - Bodas de Platina
50 anos - Bodas de Ouro

60 anos - Bodas de Diamante
70 anos - Bodas de Cobre
75 anos - Bodas de Brilhante
80 anos - Bodas de Carvalho
Nutro o sonho de ser mãe já há muitos anos e agora que esse sonho se vai tornando possível a vontade cresce cada vez mais. Todos os dias penso nisso como se fosse um apelo da natureza que diz "chegou a hora"... mas a verdade é que a hora biológica nem sempre coincide com outras horas e por isso se vai adiando este sonho.
Quero tanto ser mãe que até as lágrimas me vêm aos olhos a escrever-vos estas palavras, quero tanto um fruto do nosso Amor, quero tanto senti-lo crescer dentro de mim, quero tanto aprender a ser mãe de uma estrelinha ao lado do meu Sol...
Acho que vamos ser os papás mais felizes do mundo quando este sonho se tornar realidade! Até lá vamos sonhando e esperando que todas as horas se acertem para dar à luz uma nova LUZ para a nossa vida.
QUERO SER MÃE!!!!!

SAUDADE....

Muito bonito !!! E parando para pensar... É isso mesmo.

Leiam que vale a pena.

DEFINIÇÃO DE SAUDADE


Artigo do Dr. Rogério Brandão
Médico oncologista clinico


No início da minha vida profissional, senti-me atraído em tratar crianças, me entusiasmei com a oncologia infantil. Tinha, e tenho ainda hoje, um carinho muito grande por crianças. Elas nos enternecem e nos surpreendem como suas maneiras simples e diretas de ver o mundo, sem meias verdades.
Nós médicos somos treinados para nos sentirmos "deuses". Só que não o somos! Não acho o sentimento de onipotência de todo ruim, se bem dosado. É este sentimento que nos impulsiona, que nos ajuda a vencer desafios, a se rebelar contra a morte e a tentar ir sempre mais além. Se mal dosado, porém, este sentimento será de arrogância e prepotência, o que não é bom. Quando perdemos um paciente, voltamos à planície, experimentamos o fracasso e os limites que a ciência nos impõe e entendemos que não somos deuses. Somos forçados a reconhecer nossos limites!
Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional. Nesse hospital, comecei a freqüentar a enfermaria infantil, e a me apaixonar pela oncopediatria. Mas também comecei a vivenciar os dramas dos meus pacientes, particularmente os das crianças, que via como vítimas inocentes desta terrível doença que é o câncer.
Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento destas crianças. Até o dia em que um anjo passou por mim.
Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada porém por 2 longos anos de tratamentos os mais diversos, hospitais, exames, manipulações, injeções, e todos os desconfortos trazidos pelos programas de quimioterapias e radioterapia.
Mas nunca vi meu anjo fraquejar. Já a vi chorar sim, muitas vezes, mas não via fraqueza em seu choro. Via medo em seus olhinhos algumas vezes, e isto é humano! Mas via confiança e determinação. Ela entregava o bracinho à enfermeira, e com uma lágrima nos olhos dizia: faça tia, é preciso para eu ficar boa.
Um dia, cheguei ao hospital de manhã cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe. E comecei a ouvir uma resposta que ainda hoje não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.
Meu anjo respondeu:
- Tio, disse-me ela, às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores. Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade de mim. Mas eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!
Pensando no que a morte representava para crianças, que assistem seus heróis morrerem e ressuscitarem nos seriados e filmes, indaguei:
- E o que morte representa para você, minha querida?
- Olha tio, quando agente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e no outro dia acordamos no nosso quarto, em nossa própria cama não é?
(Lembrei minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, costumavam dormir no meu quarto e após dormirem eu procedia exatamente assim.)
- É isso mesmo, e então?
- Vou explicar o que acontece, continuou ela: Quando nós dormimos, nosso pai vem e nos leva nos braços para o nosso quarto, para nossa cama, não é?
- É isso mesmo querida, você é muito esperta!
- Olha tio, eu não nasci para esta vida! Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!

Fiquei "entupigaitado" . Boquiaberto, não sabia o que dizer. Chocado com o pensamento deste anjinho, com a maturidade que o sofrimento acelerou, com a visão e grande espiritualidade desta criança, fiquei parado, sem ação.
- E minha mãe vai ficar com muitas saudades minha, emendou ela.
Emocionado, travado na garganta, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei ao meu anjo: - E o que saudade significa para você, minha querida?
- Não sabe não tio? Saudade é o amor que fica!

Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um dar uma definição melhor, mais direta e mais simples para a palavra saudade: é o amor que fica!
Um anjo passou por mim...
Foi enviado para me dizer que existe muito mais entre o céu e a terra, do que nos permitimos enxergar. Que geralmente, absolutilizamos tudo que é relativo (carros novos, casas, roupas de grife, jóias) enquanto relativizamos a única coisa absoluta que temos, nossa transcendência.
Meu anjinho já se foi, há longos anos. Mas me deixou uma grande lição, vindo de alguém que jamais pensei, por ser criança e portadora de grave doença, e a quem nunca mais esqueci. Deixou uma lição que ajudou a melhorar a minha vida, a tentar ser mais humano e carinhoso com meus doentes, a repensar meus valores.
Hoje, quando a noite chega e o céu está limpo, vejo uma linda estrela a quem chamo "meu anjo, que brilha e resplandece no céu. Imagino ser ela, fulgurante em sua nova e eterna casa.
Obrigado anjinho, pela vida bonita que teve, pelas lições que ensinastes, pela ajuda que me destes.
Que bom que existem saudades! O amor que ficou é eterno.


 
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