GRIPE SUÍNA
O que eu devo fazer para me proteger?
Qualquer pessoa com sintomas de gripe e que podem ter tido contato com o vírus da "gripe suína", como aqueles que moram em áreas afetadas ou viajaram para países com surto da gripe, devem procurar ajuda médica.
Mas os pacientes não devem ir a clínicas médicas, para evitar transmitir a doença para outras pessoas. Em vez disso, elas devem ficar em casa e contactar seus serviços de saúde para receber recomendações.
Que medidas posso tomar para evitar a infecção?
Evite contato com pessoas que parecem não estar bem e que tenham febre e tosse. Medidas comuns para se evitar infecções e de higiene manual podem ajudar a reduzir a transmissão de viroses, incluindo a gripe suína em humanos.
Estas medidas podem ser simples como cobrir a boca e o nariz quando tossindo ou espirrando, usar um lenço de papel quando possível e jogando-o fora logo após o uso.
É importante também lavar as mãos frequentemente com água e sabão para evitar que o vírus se propague de suas mãos para a face ou para outra pessoa. Outra providência é limpar a maçaneta de portas com frequência, usando produtos normais de limpeza.
Ao cuidar de uma pessoa gripada, o uso de máscara cobrindo o nariz e a boca diminui o risco de transmissão.
É seguro comer carne de porco?
Sim, não há evidência de que a "gripe suína" pode ser transmitida ao se comer carne de animais infectados. Mas é essencial que a carne tenha sido cozida direito. Uma temperatura acima de 70°C mataria o vírus.
Qual as recomendações do governo brasileiro?
O Ministério da Saúde intensificou o monitoramento nos aeroportos para evitar a entrada de pessoas infectadas pelo vírus da "gripe suína", nos voos procedentes de países com alto graude de infecção.
De acordo com o ministério, quem esteve nas áreas afetadas pela "gripe suína" deve procurar um posto de saúde nos aeroportos caso apresente os sintomas da doença. Nos próprios aeroportos, há postos da Anvisa.
O ministério também recomenda alguns cuidados que devem ser tomados para quem for viajar para esses lugares:
- Usar máscaras cirúrgicas descartáveis, durante toda a permanência em áreas afetadas.
- Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável.
- Evitar locais com aglomeração de pessoas.
- Evitar o contato direto com pessoas doentes.
- Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.
- Evitar tocar olhos, nariz ou boca.
- Lavar as mãos frequentemente com sabão e água, especialmente depois de tossir ou espirrar.
- Em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar história de contato com doentes e roteiro de viagens recentes a esses países.
- Não usar medicamentos sem orientação médica.
Tenho viagem marcada para um país com alto nível de contaminação. Devo cancelar?
As agências de turismo brasileiras já registram cancelamentos e queda na procura de viagens com destino ao México, Argentina e Chile, países com gande foco de contágio da gripe suína.
Segundo Leonel Rossi Júnior, diretor de assuntos internacionais da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), as próprias agências estão recomendando que os turistas adiem suas viagens para uma época mais adequada.
"A recomendação da Abav é de que somente pessoas com compromissos que não possam ser adiados viajem para esses países. Pessoas que vão para fazer turismo e podem adiar o passeio devem fazê-lo", explica Rossi Júnior.
Segungo Rossi, os viajantes que pretendem cancelar ou adiar a viagem não deve encontrar problemas nas agências. "Este é um motivo de força maior e as agências estão conscientes da gravidade do problema", afirmou.
A "gripe suína" está relacionada à gripe aviária?
O tipo de vírus da gripe aviária responsável pela morte de algumas centenas de pessoas no sul da Ásia nos últimos anos é diferente do da "gripe suína".
O vírus da atual "gripe suína" é o H1N1 e o da gripe aviária é o H5N1.
Especialistas temem que o H5N1 tem o potencial de gerar uma pandemia por causa de sua capacidade de mutação rápida.
Mas até agora, ela permanece de forma geral uma doença de pássaros.
Os humanos infectados, sem excessão, trabalhavam em contato próximo com pássaros e casos de transmissão entre humanos são extremamente raros.
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